Os esforços para a redução da obesidade no Brasil ainda não são suficientes para impedir o seu crescimento acelerado.
Segundo o IBGE: Mais da metade da população brasileira (56,9 %), cerca de 82 milhões de pessoas, estava com excesso de peso, constatou-se, ainda, que a obesidade acometia um a cada cinco brasileiros com 18 anos ou mais de idade, incidindo mais sobre as mulheres (24,4% contra 16,8% dos homens).
Como é possível em um mundo tão “fitness” a obesidade aumentar desenfreadamente?
Se a todo momento, em cada esquina, vemos um comercial sobre academia, remédio, dietas e novas “soluções” para o emagrecimento, porque a obesidade só aumenta?
A A Organização Mundial de Saúde aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo.
Talvez porque o investimento da indústria da beleza esteja na venda de soluções para “SER MAGRO”. Alcançar padrões de beleza definidos por capas de revistas e comerciais que vendem ilusões sem contar as verdades de seus bastidores.
Do outro lado, profissionais da área de saúde, enfrentam o desafio diário de reduzir essa estatística, tratando a obesidade com seriedade.
A obesidade é uma doença crônica, que envolve um trabalho multidisciplinar com o envolvimento de profissionais sérios e comprometidos com a saúde e segurança de seus pacientes/clientes.
São dois mundos com interesses bem distintos.
Um que vende “fórmulas”, “milagres” e receitas para emagrecer e outro que se compromete com a saúde, bem estar e qualidade de vida.
Muitas campanhas de beleza para nenhuma campanha de combate a obesidade.
Precisamos entender que a informação de qualidade é uma grande aliada no combate a obesidade.
Emagrecer é um ponto de chegada de uma longa caminhada, mas não é ( e não deveria ser) o ponto de parada!!
Quem luta contra a obesidade, sofre (ou já sofreu) com o efeito sanfona e por isso sabe que, emagrecer não é o maior problema.
O maior problema é manter-se magro.
O emagrecimento deve ser o resultado de um processo de mudanças de hábitos, de comportamentos e de uma nova consciência sobre si mesmo.
E “atire a primeira pedra” que nunca teve dificuldade na vida para mudar um comportamento.
Sabemos que não é fácil!
Além disso, quem luta contra a obesidade, além dos problemas de saúde desencadeados pelo excesso de peso, ainda sofre com o preconceito e o julgamento.
” A obesidade está entre as poucas doenças em que o paciente é responsabilizado por ser portador.” ( Maria Edna de Melo - Diretora Abeso)
Precisamos estender a mão, ajudar, colaborar.
Obesidade não se previne com dietas, se previne com hábitos saudáveis.
É necessário compreender o que está por trás dos comportamentos e que levam a uma relação desequilibrada com a alimentação e com a vida.
Precisamos compreender que ginástica + reeducação alimentar, só conseguem ser uma combinação de sucesso para o emagrecimento depois de uma mudança de comportamento.
É necessário um desejo de mudar de vida. Um desejo em melhorar a saúde.
Um desejo de querer cuidar melhor de si!
E aí que é importante a ajuda de amigos, familiares e da sociedade.
O julgamento enfraquece e desencoraja.
Nada é óbvio…mudar de comportamento não é óbvio!
Mas estender a mão para ajudar..isso sim faz muita diferença.
Tratar da obesidade é para a vida toda, assim como viver bem e cuidar de si mesmo com carinho, também deve ser para a vida toda.
É preciso deixar para trás o que passou e começar a olhar para frente e para o que pode ser modificado.
Fácil, sabemos que não é, mas é possível e os resultados compensarão (e muito!!) os esforços.
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Fonte: Kelly Metzker
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